sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Passagem aumenta e greves

Aumento da passagem para pagar os custos de infraestrutura das próximas olimpíadas, estampava a manchete do jornal vespertino de anteontem. Suspeito que, com a exceção da palavra "vespertino", essa poderia ser a principal notícia de um periódico carioca. [Aliás, em falando em vespertino, o "London Evening Standard" é uma febre. A partir de umas 15, 16h brotam trocentos entregadores às saídas dos metrôs e TODO MUNDO lê esse jornal. Renata acredita que algo assim, mas para motoristas, no Brasil, funcionaria bem - considerando o engarrafamento nosso do dia-a-dia. Tenho minhas dúvidas. Acho que caberia melhor para a galera que pega o Central, desde que não fosse tão cheio, porque o povo entra ali e não tem espaço nem para respirar, quiçá para ler um jornal.] Além dessa informação que nos afeta diretamente - a reportagem ainda acrescentava que os transportes em Londres são os mais caros de toda a Europa, e um dos mais caros do mundo [estamos sentindo isso na pele], e que os apartamentos aqui são os menores entre os europeus - havia uma outra informação sobre uma greve em massa para o dia 30 de novembro, a maior desde a década de 1960 ou desde não sei quando. Eu que precisei recentemente dos serviços da Biblioteca Nacional e, depois, dos dos Correios, sei como é ficar sem poder fazer o que quer. Enquanto isso, estamos experimentando as alegrias e as aflições de o que eles chamam "househunting". Se tal ato já tem até um verbo para isso - a língua se adapta aos nossos atos - só demonstra o quão valorizado é um apartamentinho aqui.

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